ALGARVE  ... ONDE ... E ... COMO  ... !!!!!

 No extremo ocidental da Península Ibérica, no Sul de Portugal, o Algarve individualiza-se facilmente do resto do país, não só pela sua localização periférica, mas também pelas suas características morfológicas e geológicas.

  O Al-Gharb foi o último reduto árabe em Portugal, pois permaneceu durante vários séculos sob o seu domínio. Em meados do séc. XIII, dá-se a sua integração na coroa portuguesa, passando D. Afonso III a proclamar-se "Rei de Portugal e dos Algarves", tamanha era a sua diferença em relação ao resto do país.

 A região do Algarve, que tem cerca de 6% da superfície total do país, confina a Norte com o Alentejo, a Este é separada da região espanhola Andaluzia pelo rio Guadiana, e a Oeste e a Sul é banhada pelo Oceano Atlântico, perfazendo no seu total cerca de 5.000 Km2.

 A região caracteriza-se por um clima temperado com influências mediterrânicas com uma temperatura média da ordem dos 17°C e uma humidade relativa entre os 50% e os 75%. Aliado às suas belas praias, a amenidade do seu clima é um dos seus maiores potenciais naturais constituindo um dos principais atractivos sob o ponto de vista turístico e convidando à permanência humana.

 Apesar da sua individualidade, a região apresenta internamente diversidades de ordem vária, condicionadas principalmente pela geologia, que permite subdividir o Algarve em três sub-regiões:

 

 

 A Serra, ocupando cerca de 50% da superfície regional, tem solos pobres e de reduzida utilidade agrícola provocando uma progressiva desertificação ecológica e humana;

 O Barrocal, que constitui cerca de 25% da área regional, tem solos com boa aptidão hidrológica e elevada capacidade agrícola, apesar da existência de inúmeros afloramentos rochosos;

 O Litoral, corresponde a uma estreita faixa junto à costa e é onde se concentram os melhores solos agrícolas, a maior parte da actividade económica regional e os principais centros urbanos.


 Em termos económicos podem-se identificar três pólos de desenvolvimento:

 O Turismo, o verdadeiro motor de crescimento económico de Algarve levando por arrasto outros sectores como o comércio e a construção civil, é responsável por 38% do VAB regional;

 A Agricultura onde coexistem praticas e culturas tradicionais (frutos secos e produções de subsistência) e actividades modernas e rentáveis viradas para o mercado (hortícolas e frutos frescos onde se destacam os citrinos), tem como limitação, ter de concorrer com o Turismo na utilização dos solos e na procura de mão-de-obra;

 A Pesca, com grande importância a nível nacional, tem assistido a uma quebra no seu rendimento devido, entre outros factores, ao atraso tecnológico da frota e à sobre-exploração de alguns recursos.


 A partir da década de 70, o Algarve tem-se revelado a região nacional mais atractiva em termos demográficos. Com um crecimento médio anual de 0,5% na década de 80, a sua população cifra-se em 345.810 habitantes em 1995. Este crescimento populacional, à custa das migrações e não resultado do movimento natural, provocou um envelhecimento demográfico, especialmente no interior.

Actualizada:  domingo, 31 de Março de 2013